Rasga Pele
por V2
Então, caros amigos cataputas, hoje quem vai rasgar essa pele sou eu. Quero falar de pegada (não aquela marca de sapatos da propaganda ridícula) e sim a pegada na bateria. Há muitas discussões sobre o assunto, Muitos baterias a valorizam e outros pouco se importam.
Mas então o que é a porra da pegada?
A pegada é a forma como você toca o instrumento. Cada músico tem uma pegada distinta, que se forma pela maneira que ele gosta de tocar, como ele estudou o instrumento, o objetivo dele na sua vida musical, etc.
Por exemplo: bateristas que tocam com o objetivo de ter mais energia musical, mais explosão nas passagens das musicas e mais “ presença de palco” costumam adotar uma pegada “ violenta” e mais elétrica, com movimentos bruscos e rápidos. Por outro lado, bateristas que gostam de tocar mais calmamente, valorizando as harmonias e sutilezas da bateria, costumam tocar mais “ de "leve.
Mas não é só jeito de tocar que influencia na pegada. O posicionamento, a postura e o segurar da baqueta são essenciais. Erros comuns entre bateristas são segurar a baqueta de forma errada, sentar-se muito perto ou muito distante do instrumento e/ou colocar o banco na altura errada.
Na maioria dos casos, o batera é forçado o batera a fazer muito mais esforço do que realmente é necessário para alcançar o som desejado.
Você deve se sentir à vontade na bateria, alncançando todos os pratos e tambores com facilidade. Alguns gostam de manter 90° na perna em relação ao pedal. Outros, mais inclinados para dentro ou para fora. Particularmente, gosto de manter uns 100° com a perna um pouco mais esticada. porque assim não tenho dificuldade de levantar a perna e também não perco a agilidade na hora de um toque duplo.
Alguns bateristas seguram a baqueta com muita força ou com toda a mão. Assim, quando querem valorizar ataques ou viradas rápidas, mexem muito com o punho e acabam se matando pra fazer algo que seria bem mais simples, com uma segurada mais adequada no pau (comentário gay). Muitas vezes acabam abrindo o pulso ou lesionando a musculatura. Outros seguram a baqueta com pouca firmeza e não conseguem tirar som dos seus tambores como queriam.
Aqui nesse link tem 3 vídeos muito bons que explicam postura e pegada na baqueta.
Outro porto importante que eu, baterista amador, posso ressaltar é a preocupação com a técnica primeiro e depois a pegada.
Agora o vídeo de uma mina baterista. Ela tem uma técnica muito boa porém ainda não desenvolveu sua pegada por completo. Soa meio feio às vezes, mas ela toca muito bem.
Igor Cavalera tem, na minha opinião, uma das pegadas mais fodas. Porem eu demorei 2 semanas pra postar essa coluna e retiraram o vídeo do youtube.
Então coloquei um vídeo com o Fernando Schaefer
Nesse vídeo a bateria não exige muita técnica, só que a pegada dele faz toda a diferença na musica.
Posso dizer que a pegada vem muito do sentimento com a música que está sendo tocada.
Então, quando você se sentir à vontade com o instrumento, tente criar sua identidade na bateria, toque do seu jeito. Mas não se esqueça de duas coisas:
1: Segure corretamente na baqueta e não esqueça da postura.
2: Abra a porta do quarto e encha o saco do seu vizinho. Quanto mais ele reclamar, melhor você esta tocando.
Drum and Bass
Por pH
Finalmente chegou o dia da estréia do novo canal Cataputaproduz apelidado de “Rasga Pele”. Nele, nós vamos tratar de diversos assuntos relacionados ao baterista e a bateria. E para quebrar tudo, vamos falar está semana sobre a relação batera e baixo. Bateria e baixo sem sombra de dúvidas são grandes amigos. Para demonstrar esse fato, sempre ao ler sobre esse assunto muitas pessoas usam termos como: (cozinha, a base e assim vai). Isso reforça e demonstra o tamanho da importância que eles tem. A bateria é um instrumento que possui as três freqüências principais sendo o grave, o médio e o agudo. Já o baixo também tem, mas em especial um grave mais profundo. Quando esses dois estão totalmente em harmonia numa banda, de longe se percebe um groove, um preenchimento impar. Essa descrição é na verdade uma dica para os músicos, (o ouvir os outros instrumentos), e assim andar todo mundo junto. Se pensarmos como um time, todos os integrantes tem que ir para o mesmo lado, numa banda ou seja lá como você chame, isso não é diferente.É um assunto lógico até, por questões técnicas, mas não feito na prática, por isso vemos a quantidade de vídeos, métodos e exercícios explicando e demonstrando. É uma relação que envolve respeito, amadurecimento e profissionalismo. Não vou dizer que é imprescindível mas é muito bom se o baterista souber um pouco de harmonia. Mas certamente o baterista que entender de harmonia e melodia poderá "saborear" mais a música, e provavelmente participar com maior decisão dos arranjos. Não é necessário para isto tocar bem outro instrumento, mas pelo menos entender os conceitos de harmonia e melodia. Segue abaixo um vídeo onde demonstra bem o groove da batera com o baixo.
Isso é tudo pessoal.
Até semana que vem!
pH iniciou seus estudos como baterista em 1999, tendo estudado com diversos mestres
entre eles: Carlos Balla, Aquiles Priester, Fernando Schaefer, Lúcio Vieira e Kiko Freitas.
Atualmente tem desenvolvido soluções em bateria para diversas bandas do Distrito Federal,
por meio da pH Soluções Baterísticas, além dos projetos autorais com o Red Old Snake
(myspace.com/redoldsnake) e com o Escolta (myspace.com/bandaescolta).